Para esse primeiro texto da Pampukin aqui no Roteiro de Grávidas escolhemos falar de um período muito curioso e especial, que acreditamos ser uma espécie de prelúdio do que é maternar desde os tempos da caverna até esses dias modernosos de hoje.
“Extero gestação”, foi assim que um pediatra americano carismático chamou os 90 primeiros dias de um bebê após o parto. Segundo a teoria científica desenvolvida pelo Dr. Karp, o bebê humano nasce por demais imaturo porque se ficasse no útero até estar pronto o extraordinário cérebro humano com seu tamanho descomunal impediria o parto. Em resumo, a ideal central é a de que a gestação não acaba com o parto e, sim, se prolonga por mais três meses fora do útero.
É apenas no final do primeiro trimestre que o bebê realiza que a vida intrauterina é coisa do passado e que agora ele é mais um cara nesse mundo imenso, vamos combinar que se descobrir só em um lugar tão vasto é deveras assustador. Por isso, é comum achar relatos de como pode ser desesperadora essa fase em que o bebê não distingue dia e noite, sofre de cólicas enquanto o seu sistema digestivo vai maturando e toda vez que a mãe desaparece do seu reduzido campo de visão, toma isso como uma dolorosa separação eterna. Sério... aquele carinha fofo deitado ali no berço ou cama não bota fé de que logo mais você estará ao lado dele e aquele choro desvairado não é um exagero!
E nós? Como ficamos nesse primeiro momento em que ainda estamos nos descobrindo mães e já precisamos ser alicerce para alguém que amamos tanto?
Pois é, lembra do tal prelúdio… Esses primeiros meses são uma pequena mostra da ópera que está por vir, o início de uma relação única que será construída diariamente e que não tem gabarito, não existe certo e errado!
O importante é tentar resguardar a paz interior, desenvolver segurança nas técnicas que decidir testar e adotar para passar por esse intenso período de experimentação da forma mais harmoniosa possível. Existem muitos livros, teorias e mais ainda, palpites sobre o quê fazer. Já testei algumas e notei que muitas são aquilo que a vovó dizia, mas que hoje combinadas com uso de acessórios se adaptam melhor ao ritmo cotidiano.
Nos próximos textos continuaremos falando da extero gestação, avaliando acessórios que podem aliviar as penúrias e, principalmente, trocando experiências para descobrir novos caminhos de ser mãe!